segunda-feira, 8 de março de 2010



Papai Smurf II


Em visita recente à Cuba o Presidente Lula proferiu mais uma de tantas asneiras que entrarão para o anedotário de frases hilárias do “Papai Smurf” (é assim que vejo o Presidente Lula). Segundo ele, morte do dissidente político Zapata,que morreu após um longo período de greve de fome, foi por culpa exclusivamente dele que não deveria fazer este tipo de manifestação. Aliás, o Presidente Lula - “Papai Smurf” – deve estar arrependido das greves que fez durante o período de ditadura por exemplo. Toda a manifestação contra regimes ditatoriais é valida, mas parece que o Presidente Lula não dá a mínima e esquece que um dia lutou contra a ditadura. Hoje, ele se aproxima do Chaves, do Mahmoud Ahmadinejad e deve ver com inveja a postura destes “ditadores”, pois no fundo a cúpula do PT gostaria de ser um partido único. Ou temos outra explicação?


Burocracia



No país da burocracia gostei de uma reflexão feita pelo Sigmund Freud, pai da psicanálise: “O excesso de decretos e interditos prejudica a autoridade da lei: onde existem poucas proibições, estas são obedecidas; onde a cada passo se tropeça em coisas proibidas, sente-se rapidamente a tentação de as infringir”. Estou vivenciando esta realidade desde o ano passado quando ingressei como servidor público e é simplesmente frustrante ver que as coisas funcionam através de processos intermináveis que vão de um setor para outro, colhendo assinaturas e carimbos. Muitas vezes os processos são devolvidos pois quem assinou não deveria ter assinado ou simplesmente o caminho deveria ser outro. A administração pública precisa se reinventar, focando em atividades as quais o papel do Estado preponderante e tendo a coragem de entregar para a iniciativa privada as atividades as quais não sejam funções do Estado. Muitas barreiras e paradigmas têm que ser quebradas e vejo que a resistência é muito grande dentro dos órgãos públicos que acumulam servidores realizando tarefas redundantes enquanto a sociedade trabalham seis meses para sustentar esta máquina pesada.

Parque tecnológico.


Ano passado entrei como servidor da UFRGS cheio de idéias e ideal. Estava entrando em uma instituição de ensino e como acredito que o Brasil só pode dar um salto de qualidade e se aproximar do primeiro mundo através da educação acreditava poder dar minha contribuição. Mas vejo que me equivoquei. A UFRGS, além dos prédios históricos encravados no centro de Porto Alegre, parece viver com idéias históricas de um passado que não representa mais a realidade em que vivemos. Desta forma, fica muito difícil quebrar barreiras.
Como órgão de governo, que responde a uma política que vem de Brasília, a UFRGS atende a “cláusulas pétreas” e assim fornece ensino gratuito ou promove a abertura de cotas para as mais diversas etnias. Gostaria que fosse feita uma pesquisa séria para verificar que alunos de fato necessitam de ensino gratuito bem como um outro estudo para verificarmos quantos estudantes que entraram pelas cotas que vieram de escolas públicas e quem destes estudantes completam o curso universitário. A tal política de “ação afirmativa” serve para encobrir uma falha grave do Estado: falta de investimento no ensino de base.
O movimento recente contra o Parque Tecnológico da UFRGS representa bem o atraso descrito acima. Mais de 150 estudantes e representantes de movimentos sociais bloquearam o prédio da reitoria da UFRGS no Campus Central protestando contra o projeto do Parque Tecnológico. Enquanto isso PUC ou UNISINOS tem sua versão de Parque tecnológico sem que isso represente algo nefasto para as instituições de ensino, muito pelo contrário, vem ao encontro do que a sociedade necessita: universidades parceiras de pesquisas e desenvolvimento.