quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Panettone e o “pibinho”.







            Uma amiga minha, que passou o Natal nos EUA, disse ter encontrado panettone fabricado no Brasil muito mais barato do que aqui. Respondi a ela que deve ser a carga tributária (além de ter fator de custo de logística, trabalhista etc.).  Pesquisando na Internet, descobri que tal produto sofre uma incidência de cerca de 35% de impostos, creio que na Terra do Tio Sam deva chegar a 10% no máximo. Começo pelo panettone, símbolo do Natal e de Fim de Ano, término de um ciclo e de renovação para, mais uma vez, explicar por que o Brasil patina com um “pibinho” ridículo.
            O raciocínio é cartesiano: O Brasil tem um governo federal perdulário, que morde 70% da arrecadação de impostos de todo o bolo tributário. Trabalhamos quase seis meses pagando impostos. A má gerência de impostos, burocracia e corrupção, faz com que não tenhamos uma educação de qualidade (ai remendos como cotas etc.), carência de infraestrutura e por ai vai. Ano que vem teremos um “pibinho”, segundo analistas. A Presidenta Dilma tenta reverter o rumo com isenção de IPI em produtos industrializados, baixar a luz na marrar (mesmo que isto custe apagão no futuro) e promete investir receitas do pré-sal em educação. Certamente o que se investe em educação no Brasil é satisfatório, o problema é que se investe mal. Investimos pouco e mal na educação de base, oferecemos ensino universitário gratuito e acreditamos que é tudo uma questão de falta de recursos. Com este pensamento vamos continuar penando e, particularmente, vejo o Brasil sendo a Grécia de amanhã. Tomara que eu esteja errado. Feliz 2013!
           

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O voo da galinha






           




           O “voo da galinha” é uma expressão usada largamente para falar a respeitos dos súbitos crescimentos da economia brasileira, tendo em vista que o cenário interno não colabora para que a economia decole de forma sustentável e duradoura. Tomara que eu esteja errado e algum outro fenômeno conceda ao Brasil mais tempo de crescimento (mesmo que de um “pibinho”). Mas a realidade é que “nunca antes na história deste país” o Brasil cresceu de forma consistente fruto de uma China sedenta por nossas commodities.
            Contudo, o Brasil requer dar mais um passo e este escriba já está cansado de falar em todos os espaços. Mas vamos repetir: investir em educação, infraestrutura, implementar um sistema federalista que possibilite que as receitas não se concentrem em Brasília (70% da arrecadação tributária vai para lá), enxugar o estado (durante o governo petista foram criados inúmeros ministérios – o mais recente é o Ministério da Micro e Pequena Empresa),  dar autonomia às agências reguladoras, reformular o sistema tributário e as leis trabalhistas, acabar com a corrupção e a burocracia . Enfim, uma série de medidas que possibilitem que o “Custo Brasil” não emperre o crescimento sustentável. A China, que “sustenta” a nossa economia importando minério de ferro e grãos, acaba de mudar seu governo com um novo planejamento que fará com que nosso parque industrial perca mais importância no cenário mundial, pois será impensável competir com economia que investe bilhões de dólares em ensino pesquisa, com uma mão-de-obra qualificada e um custo de produção bem menor ao passo que por aqui temos que trabalhar seis meses para pagar impostos e arcar com o tal “Custo Brasil” citado acima. Resultado logo adiante: recessão, inflação e dificuldade de manter o superávit primário.

Porto inseguro






            As agências reguladoras foram criadas para agir de forma independente, apolítica e sobretudo técnica, regulando os mais variados serviços concedidos pelo estado, principalmente após a privatização de diversos setores controlados pelo governo até o período do presidido por FHC. Contudo, o governo petista tirou o caráter “independente” das agências, loteando cargos políticos deixando o lado gerencial, profissional de alta capacidade técnica em segundo plano (ou em plano nenhum) e o que se vê é o uso de tais agências para servir a interesses particulares, por meio de compra de pareceres. A “Operação Porto Seguro” demonstrou bem tal realidade e por mais célere que tenha sido publicado no Diário Oficial as demissões dos envolvidos no esquema, dificilmente a Presidenta Dilma conseguirá debelar novos casos de corrupção se não devolver às agências o caráter original: autonomia, sem intervenção política.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Férias Frustradas





Estou com férias marcadas para janeiro de 2012 e parece que não conseguirei converter meus pontos do ITAUCARD para o programa MULTIPLUS da TAM. Até o ano passado lembro que conseguia baixar o mínimo de 3.000 pontos para o referido programa e, para minha surpresa, a exigência agora é de 20.000 pontos. No meu cartão tenho 16.000 pontos e a minha mulher cerca de 15.000 pontos e não vamos conseguir viajar. Pior é que os tais 20.000 beneficiem aqueles que gastam fortunas no cartão, pois dificilmente alguém conseguirá juntar tal pontuação sem que alguns pontos caduquem pelo caminho. É muito bonito o Luciano Huck se apresentar nos reclames na TV mostrando que só o “Itaú tem um Itaú de Vantagens” e na hora que mais preciso eu fico na mão. Só me resta cancelar os cartões e contar minha história nas mais diversas redes sociais.

sábado, 10 de novembro de 2012

Ministério da Micro e Pequena Empresa!?



As empresas brasileiras gastam cerca de 2600 horas anuais (108 dias) para ficarem em dia com Fisco, calculando qual é parte que o governo morde de seu negócio. Levamos tanto tempo pagar algo por volta de 60 tributos (ICMS, CSLL, ISS, etc.) e para entender o emaranhado de regras e exigências que são editadas por técnicos de plantão (30 normas por dia). Convivemos com uma burocracia excessiva - levamos 120 dias e 13 idas e vindas a cartórios e órgãos do governo para a simples abertura de uma empresa, enquanto em países ricos é feita em no máximo 12 dias. Ainda temos como grande obstáculo ao empreendedorismo a defasada CLT, falta de educação que acarreta em uma mão de obra despreparada e improdutiva, insegurança e tudo mais que faz do Brasil um péssimo ambiente para negócios e desenvolvimento.
            Sabemos que para o Estado resolver isso tem que passar por reformas estruturais que o tornem mais enxuto e eficiente e que, por conseguinte, seja possível ser menos burocrático e conviva com um sistema tributário que não puna as empresas (na realidade o cidadão é que paga no consumo).  Contudo, como o partido do governo segue a prática de criar ministérios para os “companheiros” que perdem eleições (Ministério das Cidades, Ministério da Pesca etc.), foi criado o Ministério da Micro e Pequena Empresa, que nasce com 68 cargos em comissão, alem do ministro-chefe e do secretário executivo da pasta, a um custo anual de R$ 7,9 milhões por ano. Certamente esta nova pasta não ajudará em nada tornar o “ambiente de negócios” mais atrativo, mas vai deixar feliz muitos “amigos do Rei”!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Viés socialista







            Por mais que o Governador Tarso Genro queira aparecer como um cidadão intelectual, avançado em seu tempo, está no seu DNA o viés socialista que nasceu desde a fundação do Partido dos Trabalhadores (mesmo que hoje o PT tenha perdido o seu rumo original). Exemplos não faltam, passamos pela idéia do Estado retomar estradas concedidas a iniciativa privada, com a criação da EGR – Empresa Gaúcha de Rodovias, mesmo que o DAER tenha as mesmas prerrogativas – e implique em briga judicial com a Univias, podendo acarretar bilhões de reais em prejuízo ao Tesouro do Estado. Esta volta ao passado demonstra que os governantes esquecem de como as estradas eram ruins e o que representa para quem transita ter condições satisfatórias para se trafegar. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul deveria fortalecer a AGERGS para que a mesma fiscalizasse as concessionárias e impusesse multas em caso de descumprimento de contrato.
            Mais recentemente, tivemos uma comitiva de políticos, secretários, empresários, juntamente com o Governador Tarso Genro, visitando Cuba, na tentativa de alavancar negócios e parcerias. As dificuldades são imensas, pois o governo Cubano não dispõe de tecnologia para nos passar, tampouco de recursos financeiros para adquirir novos produtos. A única nota que li a respeito de um possível negócio vantajoso foi a tentativa de a indústria moveleira equipar as redes de hotéis na paradisíaca Varadero. No mais, todo investimento cubano necessitará de empréstimos que virão de instituições financeiras brasileiras (gaúchas). O que Cuba tem a ensinar não serve para a realidade que vivemos, a não ser ao sonho socialista do Governador Tarso.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Menos Dilma!






            O seu antecessor tinha uma coleção de frases prontas, sempre fazendo analogias com o futebol. De tantas declarações feitas a que ficou mais marcante (ao menos para mim) foi a de que não lia livros e o que aprendera foi na vida. Algo que não precisava ser dito, justamente em um país que peca no quesito investimento em educação de base. Desta forma, o Presidente Lula incentivava a população a se manter na ignorância, pois muitos acreditam que podem ter uma ascensão política ou na vida pessoal sem estudo, acumulando conhecimento apenas nas relações e vivências diárias.
            Mas talvez, manter o povo ignorante, longe dos bancos escolares, de leituras de livros e jornais seja um caminho para ganhar o poder. Antigamente, os políticos se elegiam de forma espúria, contando com o pouco conhecimento do eleitor e com promessas vazias. Durante a campanha davam um sapato de um dos pés, ou metade de uma nota de dinheiro e prometiam a outra parte caso fossem eleitos. Parece que esta prática ainda vale como se viu na campanha a prefeito de São Paulo onde a Presidenta Dilma Rousseff apareceu no horário eleitoral do PT para avisar que há nos cofres públicos do governo federal muita verba destinada a São Paulo – e que, se o candidato do PT à prefeitura ganhar, tais recursos serão entregues ao município.
            Manter o povo sem educação dá margem a este tipo de discurso e elegem políticos populistas, como o Haddad que, quando Ministro da Educação, publicou, com o dinheiro dos cofres públicos, uma gramática que ensinava o português errado, sob o argumento de que é aceitável no dia-a-dia escorregões lingüísticos e gramaticais e que ninguém precisava se envergonhar disso.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

OI e Tchau!



Semana passada eu e meu pai sofremos com a OI. Fiquei sem telefone e meu pai recebeu duas contas para pagar (algo que já aconteceu comigo). No meu caso eu ligava para a OI e ouvia uma gravação que dizia que em 24 horas meu telefone seria desbloqueado – pensava que se tratava de telefone celular, pois me enviaram mais dois chips de aparelho celular. Em meio a tantos menus na ligação, pedi para consertar meu telefone e no dia seguinte a “ficha caiu” e resolvi perguntar do motivo para tal gravação. Resultado: o “sistema” da OI colocou meu número no rol de inadimplentes e o número foi bloqueado automaticamente e após o “sistema” limpar o meu nome (eu paguei a conta) o “sistema” desbloqueou o telefone. No dia seguinte, ainda recebi uma ligação de uma empresa terceirizada perguntando como estava o telefone. Pode?
Meu pai também é vitima do “sistema”: recebeu duas contas de telefone. Uma conta que ele paga em débito automático de R$ 77,15 referente ao plano que ele possui e outra do tal OI CONTA TOTAL 2 de R$ 132,65 (que inclui celular também). Meu pai nem aparelho celular tem e é óbvio que esta conta não será paga. Se o tal “sistema” não corrigir ele irá para o SERASA e ai teremos que acionar algum advogado para colocar o tal “sistema” nos eixos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Espaço público ou espaço privado?






 Na China Comunista, qualquer manifestação em qualquer lugar (todos espaços eram públicos) eram reprimidas com força militar. O que se pode fazer em um espaço público? A praça é de todos? Então posso fazer qualquer coisa? Aqui em Porto Alegre, onde "um outro mundo é possível", nada pode ser feito segundo meia dúzia de jovens retrógrados. Se visitarmos grandes metrópoles veremos inúmeras de iniciativas do setor privado em um espaço público, marcando eventos culturais ou esportivos. Aqui, um tatu-bola, símbolo da Copa de 2014, pagou o pato. Melhor seria, segundo estes estudantes, que o espaço fosse público, onde líderes populistas fizessem discursos de longa duração e que militares fizessem a guarda do lugar no resto do tempo. A visão é tão pequena que não permitem que uma empresa recupere o Araújo Viana, que estava caindo aos pedaços, com mendigos ocupando o local. Convido qualquer cidadão da minha cidade a passear pelo Parque da Redenção para acharem uma estátua em pé com busto e pedestal. O parque (ou os monumentos) deveriam ser cercados e protegidos da ação de vândalos e vagabundos que roubam para trocar por drogas.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Matei o Gregório



Acredito que desde janeiro de 2012 uma empresa de cobrança da NET tem ligado para meu celular perguntando pelo Gregório. Querem cobrar dele faturas atrasadas. Contudo eu sou o Marcelo e por mais que eu diga que o meu celular não é do Gregório continuo recebendo telefonemas.
Em um segundo momento, “matei” o Gregório, contando uma triste história de seu falecimento e dava o nome do “sobrinho” Pedro como parente responsável e algum telefone fictício que me vinha à cabeça.
Semana passada estava hospitalizado para colocação de prótese no quadril esquerdo e já no quarto recebi ligação para o tal Gregório. Tinha dificuldade de locomoção e pegar o telefone celular estava muito difícil, mas achava que era um amigo ou parente querendo saber de mim. Na primeira ligação “matei” o Gregório e logo em seguida, lembrei que tinha NET no meu quarto. Liguei para a NET e expliquei mais uma vez a situação. Descobri que o tal Gregório é de São José do Rio Preto (eu sou de Porto Alegre) e pedi que retirassem meu telefone do sistema. Prometeram que em uma semana o problema iria ser resolvido. Não foi! Não sei se vou me livrar, mas a cada telefonema recebido coloco no meu aparelho celular como NÚMERO FILTRADO e enquanto isso o tal Gregório deve estar curtindo um GATO NET na boa!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OI E TCHAU



Ontem, 29/08/2012, após um grande stress que tive na loja da OI, tentei resolver o caso da suspensão do plano OI CONTA TOTAL 2 em casa ligando para o atendimento da OI. Após um longo tempo, teclando vários números dos complicados menus da OI, fiz pedido de estorno e o quarto atendente sugeriu que comprasse novamente o OI CONTA TOTAL 2. Sem outra solução em vista, liguei para o setor de vendas e adquiri um plano que já tinha. Contudo, me sinto lesado, pois o plano OI CONTA TOTAL 2 que possuía me custava cerca de R$ 120,00 e agora pagarei algo perto de R$ 199,00. O tal sistema me tirou do plano (quem é este tal sistema!?!?!?) e voltei com outros valores e rezando para que os valores sejam estornados. Minha idéia é ir para a GVT assim que a linha passar em frente a minha residência.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

OI e tchau II


Tenho o PLANO OI CONTA TOTAL 2 em que recebo (ou deveria receber) uma conta que engloba telefone fixo, Internet de até 2 mega (embora receba 2 mega) e dois chips de celular (não uso nenhum). Pois não há um mês em que a OI me manda mais de duas contas. Mês passado enviaram conta relativas a dois planos. Este mês esperava receber a conta do OI CONTA TOTAL 2 e para a minha surpresa recebi a conta de celular. Liguei para a OI e fui informado que é relativo ao plano básico de celular (coisa de louco) e que tem uma assinatura básica de fixo em aberto também. Quer dizer, o OI CONTA TOTAL 2 engloba os serviços de telefonia fixa, celular e Internet e a conta vem em conjunto e sigo recebendo conta como se tivesse assinatura básica!?

OI e Tchau!!!



Em abril de 2012 assinei um novo contrato com a OI, chamado OI CONTA TOTAL 2, e desde então só tenho tido dor de cabeça. Mês passado foram enviadas duas contas de telefone, uma de R$ 149,00 referente a um plano básico do fixo e outra de R$ 119,00 referente ao plano OI CONTA TOTAL 2. No mês de agosto chegou a conta de R$ 38,88 de um celular que eu não uso, tem uma conta aberta do telefone fixo de R$ 204,00 e estou esperando a conta do OI CONTA TOTAL 2 (que acredito que chegará em breve). Já liguei inúmeras vezes para a OI e dizem que eu não tenho o plano OI CONTA TOTAL 2 (embora tenha o contrato feito e em abril diversas faturas pagas desde então). Hoje, 29/08/2012, fui na sede da OI em Porto Alegre para falar com algum diretor e sem sucesso fui atendido por uma funcionária do guichê (é igual ao atendimento por telefone, só que em carne e osso). Pedi então para falar com o gerente e na ausência dele falei com o sub-gerente que sem deixar eu explicar já veio com o discurso pronto. Alegam que eu deixei de pagar alguma conta em abril (?????) e desde 01/07/2012 eu não tenho mais o OI CONTA TOTAL 2. Primeiramente eu não sabia que o não pagamento de alguma conta faria com que eu ficasse sem o plano OI CONTA TOTAL 2 e segundamente teve uma conta de celular que foi feita via empresa terceirizada de cobrança da OI que acabei pagando com atraso (mesmo não concordando). Não tendo como resolver o problema eu perdi a paciência e mandei o Daniel, sub-gerente da OI de Porto Alegre, tomar naquele lugar e atirei os dois chips dos celulares que não uso longe (algo constrangedor, pois atingiu a cabeça de uma senhora que estava na fila para ser atendida). Olha o que este empresa fez comigo!!!!!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Greves

Sou servidor público e rechaço este movimento grevista feito em um momento em qua a economia mundial está em recessão. Recebemos no dia 1°, ganhamos bons salários e temos regalias que o setor privado não oferece. Logo, a greve é abusiva e lesiva a sociedade que paga uma pesada carga tributária.

sábado, 4 de agosto de 2012

Oi e tchau!


Desde que iniciei minha relação com a OI tenho tido dor de cabeça. Começou no dia da instalação do telefone e da Internet em que o técnico deu como acabada com uma tomada em frente da porta de saída do meu apartamento, mesmo tendo outras tomadas espalhadas pelo escritório. Tive que pagar R$ 50,00 somente para “emendar” dois fios.
Após o telefone fixo ser instalado, não tinha Internet, pois havia uma ordem de serviço para celular aberta e não tinha celular, pois tinha uma ordem de serviço aberta para Internet (piada, com duas ordens de serviços abertas só iriam concluir o tal serviço quando uma estivesse concluída). Com muita paciência e ligações constantes para a OI acabei aderindo de vez ao OI CONTA TOTAL, mesmo que funcionando com outro modem que tinha guardado, pois o equipamento que eles enviaram é de baixa qualidade e não funciona direito.
Passou um tempo e minha conta de telefone que batia na casa dos R$ 100,00 passou para R$ 400,00 até que recebi uma ligação de uma franqueada da OI oferecendo o OI CONTA TOTAL 2 com promessa de redução de conta e Internet de até 10 mega. Por problemas técnicos recebo 2 mega e quanto as duas linhas de celulares que recebi acabei não ativando, pois a loja que fui em um shopping para fazer a portabilidade de um número alegaram que não seria possível pois eu adquiri o plano em outra franquia (outra piada).
Quanto ao pagamento das minhas contas eu estou sem entender nada. Uma empresa de cobrança já enviou uma notificação prometendo me por na justiça e acabei pagando, pois a OI disse que era pendência de migração do OI CONTA TOTAL para o OI CONTA TOTAL 2. Agora, recebo 2 conta, do OI CONTA TOTAL e do OI CONTA TOTAL 2. Quer dizer, tenho um telefone e dois planos que tenho que pagar ao mesmo tempo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Jogos Olímpicos





            Acabei de ver na televisão a abertura dos Jogos Olímpicos 2012 em Londres e fiquei bastante impressionado e emocionado com tudo que assisti. O ponto marcante que os britânicos passaram foi sobre o seu legado cultural que influenciou toda a cultura do mundo sob o ponto de vista econômico, literário e musical e, desta forma, começando com Willian Sheakspeare, passando pela Rainha Elisabeth e terminando com o Sir Paul McCartney, o evento mostrou como é rica  a história britânica.
            Após a cerimônia, fiquei pensando a respeito dos grande eventos que o Brasil irá sediar, como a Copa do Mundo e os próximos Jogos Olímpicos e me dei conta que a distância que nos separa não é apenas no tempo ou esplendor de uma sociedade e cultura plenamente estabelecida. Aqui, Brasil é construído com “remendos” e “puxadinhos” por todos os lados. Estufamos o peito com nossas poucas vitórias em diversas áreas (esportivas ou não) e esquecemos que, paralelamente, convivemos com favelas, esgoto a céu aberto, grande número de analfabetos, estradas deploráveis, corrupção endêmica, educação precária e saúde em frangalhos, por exemplo. Nos orgulhamos dos nossos feitos no campo do esporte ou da música, mas temos que conviver com a falta de ação de nossos governantes que não enfrentam de frente as causas de nossos problemas. Este país do “puxadinho e da gambiarra” irá sediar os próximos Jogos Olímpicos e pelo menos espero que lembrem que o Brasil não é só Rio de Janeiro, para que a festa não pareça um desfile de escola de samba com mulatas seminuas dentro do Maracanã.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Discurso vazio.




            A Presidenta Dilma, a “mãe do PAC”, foi eleita com o apoio do ex-Presidente Lula, com o perfil de uma técnica que sabia tocar obras e gerenciar o Estado. A verdade é que a maioria das obras do PAC nem saíram do papel e suas explanações sobre o tema não passam de apresentações em Power Point ou quadros com alfinetes coloridos mostrando projetos inacabados (ou que nem saíram do papel ali ou aqui). No início de seu governo, a Presidenta Dilma mostrou estar disposta a varrer qualquer foco de corrupção do mapa. Contudo, a máquina do governo parece estar engolindo seu governo em um mar de escândalos e greves, somados ao pífio desempenho da economia.
            As recentes medidas para alavancar a economia, com cortes de impostos e baixa de juros, não surtirá o efeito desejado. O Brasil necessita de reformas estruturais, investimento em infraestrutura, educação e reforma tributária sobretudo. Desta forma, a Presidenta Dilma está perdendo o rumo de seu governo e o maior exemplo disso foi em recente discurso, proferido durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada em Brasília em que ela disse que "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes, não é o PIB". Ela disse que o Brasil está no caminho certo para se transformar em “uma grande nação” onde a educação de qualidade seja um direito universal. Para a Presidenta, "nenhum país desenvolvido" tem colégios funcionando somente em um período. Assim como suas “técnicas apresentações” das obras do PAC, seus discursos parecem ser patéticos. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil investe US$ 18.261 (R$ 37 mil) por aluno, número inferior em relação a outros países latino-americanos, como a Colômbia (US$ 19.067, R$ 38,7 mil) e o México (US$ 21.175, R$ 42,9 mil) e muito abaixo da maioria dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Greve nas universidades.





            Assistindo ao noticiário sobre as greves nas universidades federais me chamou a atenção o grande número de instituições de ensino bancado com recursos públicos (sem esquecer as outras tantas universidades estaduais existentes). Segundo pesquisa que fiz, temos cerca de 63 universidades públicas federais e somados aos 38 Institutos Federais de Educação que oferecem cursos de graduação chegamos a mais de 100 instituições de ensino superior. Grevistas reivindicam aumento de seus vencimentos e melhores condições de infraestrutura e estudantes clamam pela exigência de ensino superior com qualidade, universal e gratuito. Convenhamos que é uma conta difícil de ser equacionada e só pode causar distorções.
            Fazendo um estudo da educação no Brasil no âmbito do Poder Público veremos que mais da metade dos recursos do Ministério da Educação é aplicado no ensino superior, o que contraria a Constituição Federal, que dá prioridade ao combate ao analfabetismo e ao ensino fundamental. Países como Argentina, Chile e México investem mais do que o dobro investido no Brasil no Ensino Médio. Ou seja, independentemente do país, nesse campo inexiste mágica: não há como melhorar a qualidade do ensino sem que haja investimento adequado. Para tentar dar acesso as universidades públicas federais a grande massa que vem do falido ensino de base o governo criou as cotas raciais e assim o MEC tenta “corrigir” uma situação criando uma aberração (se é para ter cota que seja pela questão financeira).
            Com toda esta estrutura montada não tem como ser corrigido o rumo facilmente. Não podemos pensar em fechar universidades públicas federais e fornecer bolsas de ensino para alunos sem recursos nas universidades federais. Contudo, uma medida que poderia ser tomada seria cobrar de alunos cujas famílias podem arcar com mensalidades e tais recursos poderiam ser investidos no ensino de base, por exemplo. Para se ter uma idéia, nos EUA as universidades públicas federais cobram mensalidade, com preços menores do que as privadas. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cansei da Presidenta.





            Quando a “mãe do PAC” foi eleita torci o nariz, afinal ela foi eleita pelas obras do PAC (a maioria nem saiu do papel) e com o aval do desastroso Presidente Lula. Logo no início, a Presidenta começou a fazer uma “vassourada” em diversos ministérios cada vez que tinha focos de corrupção em seu governo e acabei nutrindo uma certa simpatia por ela. Contudo, os últimos fatos acabaram fazendo eu cansar dela e de sua onipotência. Do discurso da Rio+20 prometendo comprometimento do Brasil pelo crescimento sustentável, enquanto tenta incentivar a venda de carros com isenção de IPI (sem falar que o petróleo do pré-sal representa a queima de combustível fóssil) ao recente episódio envolvendo ao Paraguai.
            Convenhamos que a prática de não se envolver na vida política de outros países tem diversas faces. O ex-presidente queria aproximação com o Irã e a atual Presidenta prega práticas democráticas dos participantes do Mercosul, ao mesmo tempo que aceita a “democrática” Venezuela no falido bloco econômico. Não vejo uma providência para que o Brasil venha a obter êxito no campo econômico, com projetos de reforma tributária, investimento em infraestrutura etc. As medidas tomadas não passam de paliativos e sua política externa se aproxima perigosamente de “ditadores” democratas. No Paraguai, o tal “golpe político” foi feito dentro das normas constitucionais daquele país com o apoio dos brasileiros que sofriam ameaças de morte por parte do MST, que aqui tem apoio do PT, partido da Presidenta. Cansei da Presidenta.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Afastamento por gestão temerária.

É comum nas empresas o conselho de administração se reunir para afastar o presidente que esteja exercendo uma “gestão temerária” e pondo em risco os ativos dos sócios. O que aconteceu no Paraguai tem a sua semelhança. O Presidente Fernando Lugo foi afastado com acusações que vão do nepotismo, passando por má gestão das Forças Armadas e por ser brando no combate a violência no campo. O estopim, segundo a oposição e seus antigos aliados, foi o confronto durante a desocupação de uma propriedade, perto da fronteira com o Brasil, que terminou com 17 mortos — seis deles policiais.
            Como cidadão eu gostaria que tal procedimento fosse adotado aqui no Brasil. No governo de Olívio Dutra o Secretário de Agricultura José Hermeto Hoffmann orgulhava-se de ter em seu gabinete uma bandeira do MST (uma barbaridade). No âmbito federal, a União repassou cerca de R$ 177,9 milhões entre 2003 a 2011 (até 18/04) para entidades ligadas ao MST (entidade sem sede, CNPJ cujos líderes andam armados e covardemente invadem fazendas colocando crianças na linha de frente). O ex-presidente teria outras razões para sofrer impeachment, perdoou divididas que países africanos tinham com o Brasil e enviou tropas ao Haiti (algo que já custou mais de R$ 2 bi aos cofres da União) tudo em busca de uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Se não bastasse tudo isso, comprometeu as finanças públicas com a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Parabéns ao Paraguai e que sirva de exemplo para outras nações.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Hecha la ley, hecha la trampa.




            Quando se fala de desvios e discrepâncias, tudo acontece aqui no Brasil. Aqui é o país do “jeitinho” e quem pode mamar nas “tetas” do governo vai com tudo. Assistimos gente que burla a lei para garantir os “vale disso e daquilo” distribuídos em programas sociais ou o exemplo do caso das “filhas solteiras” dos militares que não se casam apenas para não perder a pensão, pois a lei prevê pagamento vitalício durante toda a vida. O Estado teve acesso aos números de 2009, 2010 e 2011. No ano passado, foram 90.900 as filhas solteiras beneficiadas. Elas receberam R$ 342 milhões em dezembro, o que dá uma pensão média de R$ 3.700. O direito das filhas solteiras dos militares a receber pensão vitalícia foi "encerrado" por uma Medida Provisória editada em 29 de dezembro de 2000. Esta decisão, porém, não atingiu quem já estava na ativa nas Forças Armadas.
            Indo para Brasília vamos encontrar os “folclóricos” vencimentos de copeiras e ascensoristas (condutores de veículos verticais) ganhando acima de R$ 10.000,00. No governo paulista temos assistente de estacionamento, assessores de imprensa e um enfermeiro responsável pelos trabalhadores municipais, que ganham R$ 18.300 por mês, 12 vezes o salário médio da mesma função no setor privado. Pela lei vigente nenhum funcionário público pode ganhar mais que R$ 26.700 - a remuneração dos juízes de instâncias federais superiores. Contudo, um terço dos ministros e mais de 4 mil servidores federais teriam rendimentos superiores a esse teto. Incluindo o presidente do Senado, José Sarney, cujo salário chegaria a R$ 62 mil, devido a um acúmulo de pensões. Se formos a fundo iremos encontrar mais “aberrações salariais”. Estes fatos já eram de domínio público da população brasileira minimamente informada e, recentemente, foi motivo de matérias na revista The Economist. Agora, todo o mundo está ciente deste descalabro.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Papai Smurf.





            Durante os oito anos de governo, o Presidente Lula demonstrou sofrer de megalomania (para dizer o mínimo). A frase mais proferida em seus patéticos discursos foi: “-Nunca antes na história deste País...”, como se antes dele nada de positivo fora feito. Terminou seu mandato deixando uma péssima herança para sua sucessora, que além de bancar a realização da Copa do Mundo e Olimpíadas, continua sustentando as tropas no Haiti, que já custaram mais de R$ 2 bilhões aos cofres públicos, tudo para satisfazer ao ego do “estadista” megalômano que desejava uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Por aqui, o exército poderia vigiar nossas fronteiras, abertas a traficantes e contrabandistas de armas e ainda sobraria dinheiro para investir em saneamento básico, escolas e hospitais, por exemplo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mais cabide de empregos.





Após quase seis horas de debate, a Assembleia Legislativa aprovou na noite desta terça- 12/06/12 - a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias  (EGR) por 31 votos a 9. A nova estatal assumirá a administração dos pedágios comunitários e, a partir do fim de dezembro de 2013, passará a responder pelas praças do Programa Estadual de Concessões de Rodovias, incluindo as três do polo de Santa Cruz do Sul, quando vence o contrato do Estado com as atuais concessionárias.
A crítica que fica a política petista é quanto ao retrocesso desta idéia de criar mais uma empresa inchando mais o Estado do Rio Grande do Sul. Já fabricamos leite (CORLAC), e vendíamos telefone (telefone era bem de consumo?? – CRT) e agora vamos criar mais uma empresa que nada garante que será eficiente na manutenção e melhoria das estradas. Aliás, fosse o Estado eficiente conseguiria manter as estradas com o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens – DAER. Leiam abaixo as funções do DAER:
Art.      -   São   áreas   de   competência   do   Departamento   Autônomo   de   Estradas   de
Rodagem – DAER, criado pela Lei nº 750, de 11 de agosto de 1937, como autarquia estadual
responsável pela gestão do transporte rodoviário do Estado do Rio Grande do Sul, vinculada à
Secretaria dos Transportes:
I – planejamento rodoviário;
II – estudos, projetos e desenvolvimento tecnológico rodoviário;
III – expedição de normas rodoviárias;
IV – construção, operação e conservação rodoviárias;
V – concessão,  permissão  e  autorização,  gerência  e planejamento  e  fiscalização  do
transporte coletivo intermunicipal e de rodovias, observado o disposto na Lei nº 10.931, de 09 de
janeiro de 1997;
VI – controle e otimização do transporte de carga;
VII – administração das faixas de domínio público;
VIII – planejamento e implantação de pedágios em rodovias;
IX – assessoramento técnico aos municípios;
X – policiamento de trânsito rodoviário; e
XI – outras atribuições determinadas pelo Poder Executivo.

            Não tem sentido o Estado do Rio Grande do Sul ter dois órgãos que se sobrepõem. Aguardem contribuintes gaúchos que esta conta sobrará para nós.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Economia mal induzida.




            Ao tentar induzir setores da economia com medidas paliativas, o governo poderá estar dando um tiro no pé. Vejamos o caso da indústria de automóvel: com a demanda aquecida nos últimos tempos, aumentou o número de inadimplentes e o engarrafamento nas grandes cidades. Mas o que mais me preocupa é o que eu chamaria de efeito do tubo de pasta de dente no fim, em que se espreme para sair tudo até que não dá mais e vai para o lixo. Com uma mão de obra desqualificada devido às péssimas condições da educação, uma carga tributária sufocante (impostos em cascata) e falta de investimentos em infraestrutura, a indução do aumento de consumo por meio de cortes de alíquotas de impostos (e como tem impostos para cortar) representa a possibilidade iminente da volta da inflação e desabastecimento.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cara de Palhaço

Eles acham que tenho cara de palhaço.
- O Ministro Gilmar Mendes aceita carona em um taxi aéreo a convite do Senador Demostenes Torres para um encontro em Goiânia!!!!
- Em depoimento a CPMI o Senador Demostenes Torres diz que usava celular pago por Cachoeira!!!!
- Presidente Lula teve encontro com o Ministro Gilmar Mendes!!!
TEM GENTE MENTINDO E OMITINDO COISAS!!!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Socorro




A sexta maior economia do mundo possui discrepâncias enormes. Se por um lado possui a terceira maior fábrica de aviões comerciais do mundo, por outro lado vive com uma realidade digna de países como Botswana (que me perdoem os que por lá nasceram). Mas como pode a sexta maior economia do mundo apresentar uma realidade tão depauperada e instituições corrompidas e viciadas? As ruas de nossas cidades são sujas (pela falta de educação da população), o cadeirante tem que andar no meio da rua, pois as calçadas não apresentam condições e nem adaptações necessárias, a educação está falida, filas nos hospitais e postos de saúde precários, infraestura em frangalhos elevando o “custo Brasil” e para completar convivemos com o trabalho escravo no Maranhão (e certamente em outros Estados) em pleno século 21. As causas disso tudo nós sabemos: centralização de poder em Brasília, corrupção, Estado inchado e má gestão pública. Desta forma, trabalhamos 149 dias por ano pagando imposto com uma arrecadação “sueca” e vivemos como de forma precária. Viva o Brasil.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O xixi da Dilma.




            Chamou  atenção a imagem da Presidenta Dilma, que com dedo em riste dava um verdadeiro “xixi” no presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que acabará de reivindicar uma divisão igualitária dos recursos dos royalties do petróleo.  "Tem que votar como o Senado fez e votar a redistribuição dos royalties e não ficar subjugado a um governador, aos interesses de um Estado ou de uma minoria", afirmou Ziulkoski. Dilma foi vaiada pela primeira vez desde que tomou posse durante a 15ª Marcha dos Prefeitos em Brasília. A presidente pediu aos prefeitos que parassem de cobrar mudanças na divisão dos recursos do petróleo para os campos que já estão em atividade. E que o debate fosse realizado apenas para as áreas que serão exploradas futuramente.
            Além da questão do petróleo, os prefeitos são reféns da capenga Constituição, que estabeleceu deveres para os municípios, sem que houvesse uma reestruturação do sistema tributário. Com o governo federal concentrando 70% da arrecadação tributária, as prefeituras vivem de favores e torcendo para que alguma obra do falacioso PAC sobre para sua comunidade. A Presidenta pode ficar braba, mas que resolva de forma concreta o nosso pacto federativo. Chega de discurso.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Decepção



            Se é um político que eu prestava atenção no seu discurso e respeitava pelo seu caráter era o Governador Sérgio Cabral. Contudo, as imagens reveladas no blog do Garotinho de Cabral e Cavendish, que mostravam eles dançando com guardanapos na cabeça chocaram o país. Não bastasse tudo isso, paira no ar a dúvida de quem pagou as contas destas viagens e dos restaurantes freqüentados em Mônaco e Paris. Cabral já se fendeu dizendo que pagou por suas despesas pessoais. Vamos acreditar na palavra de Cabral quanto ao pagamento de suas despesas, mas que ele explique o crescimento do faturamento da Delta em obras do governo como demonstra os números abaixo:
CONTRATOS DA DELTA COM O GOVERNO DO RIO 
___________________
2001 - R$ 47 milhões
2002 - R$ 61,8 milhões
2003 - R$ 15,1 milhões
2004 - R$ 76,1 milhões
2005 - R$ 142,8 milhões
2006 - R$ 163,9 milhões
2007 - R$ 67,2 milhões
2008 - R$ 126,8 milhões
2009 - R$ 243,4 milhões
2010 - R$ 554,8 milhões
2011 - R$ 358,5 milhões
2012 - 138,4 milhões*
* Valor empenhado até 11 de abril
            O pior que CPMI não tem a previsão de nenhum governador citado comparecer para depor. Está com cheiro de pizza.
            Enquanto o Brasil vive uma pororoca de corrupção, vejo uma matéria no Jornal Nacional que dá inveja a qualquer País e bem poderia ser aplicado aqui: em avião oficial do governo só viaja de graça o governante, parente pode embarcar desde que pague um valor equivalente à passagem na primeira classe de um voo de carreira. Segundo a matéria, nos chamados países nórdicos (Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca) funciona assim também. Para completar, não é só o primeiro-ministro que está sujeito a essas regras. Nos países nórdicos e na Alemanha, nenhum filho, marido ou mulher de parlamentar tem direito a passagem aérea ou de trem paga pelos cofres públicos. Pegar carona em avião de empresários, então, nem pensar. A pena pode chegar a uma suspensão ou até a perda do mandato.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ministério da Pesca

Reproduzo abaixo brilhente crônica de JR Guzzo que escreve na Revisra EXAME e na Revista VEJA sobre o Ministério da Pesca


Coluna - Vida Real
Revista Exame - 16/04/2012 

O fim de um mistério

J.R. Guzzo 

O distinto público ficou anos sem entender para que, afinal, servia o tal Ministério da Pesca. Um escândalo de alguns milhões de reais depois, finalmente temos a resposta


Um dos mais curiosos mistérios da administração pública brasileira, que há nove anos vinha desafiando qualquer tentativa de explicação, foi finalmente esclarecido: para que serviria o Ministério da Pesca? Desde que foi fundado, em janeiro de 2003, logo no primeiro dia de governo do ex-presidente Lula, o ministério (cujo nome completo, acredite-se ou não, é Pesca e Aquicultura) não foi capaz de acrescentar um único bagre, nem um modesto lambari que seja, à produção nacional de peixes. Nenhuma das funções que se possa imaginar para ele já não é exercida por um monte das milhares de repartições públicas que estão há décadas por aí, neste nosso Brasil tão grande – do Ibama à Receita Federal, das capitanias de portos às secretarias de Finanças dos estados, dos distritos navais da Marinha às prefeituras do litoral, ou seja lá ao diabo que for. Pesca-se no Brasil há 500 anos, e nunca passou pela cabeça de ninguém que um ministro pudesse baixar alguma portaria capaz de fazer um cardume de sardinhas, por exemplo, aparecer onde as sardinhas, pelas suas razões pessoais, não querem dar as caras. Lula, a certa altura, chegou a dizer que o ministério teria a missão de fazer a “reforma aquária” – pois a reforma agrária, em mais uma das grandes realizações de seu governo, já estava no papo. Foi engraçado, mas não explicou nada. É óbvio, também, que o Ministério da Pesca jamais iria ensinar alguém a pescar ou a pescar melhor – o ministro recém-presenteado com o emprego, aliás, teve um acesso de sinceridade no momento de sua nomeação e disse que, em matéria de pesca, não saberia nem enfiar uma minhoca num anzol.

Felizmente, de um momento para outro, o enigma foi resolvido: o Ministério da Pesca serve para empresários amigos do PT venderem lanchas ao Ministério da Pesca. Ah, bom: agora deu, até que enfim, para entender. As explicações foram fornecidas, dias atrás, por uma reportagem de O Estado de S. Paulo. Um empresário que em 2010 havia doado 150 000 reais à campanha da atual ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ao governo de Santa Catarina conseguiu vender 28 lanchas-patrulha para o Ministério da Pesca, por algo acima de 30 milhões de reais. Há pouca coisa que se salve nessa história. A experiência da tal empresa no ramo da indústria naval se resumia, até o fechamento do negócio, à construção do grande total de uma (1) lancha. O ministério não podia ter comprado lanchas-patrulha: não está autorizado legalmente a fazer patrulhas (é mais uma das coisas que não faz) e, se não pode fazer patrulhas, não precisa de lancha para patrulhar coisa nenhuma. Das 28 lanchas que socaram em cima do Erário, 23 estão até hoje encostadas sem utilização. Ideli ficou em terceiro lugar na eleição, mas ganhou do governo Dilma Rousseff, como compensação, um ministério – justamente, por uma dessas grandes coincidências da vida, o Ministério da Pesca. Ali, por sinal, mandou pagar a última parte da fatura ainda devida ao homem das lanchas e contribuinte de sua campanha; coisinha de 5 milhões, nada muito mais que isso. Naturalmente, o governo e o PT juram que nenhuma dessas coisas tem nada a ver com a outra. A ministra Ideli não tem nada a ver com o caso. Nada tem a ver com nada. Na verdade, não aconteceu nada. Fim da peça.

O Ministério da Pesca, como se vê agora, só servia para isto: aumentar o mundo de vigarice que se formou, no Brasil em torno da ideia do “Estado forte”, que tanto encanta o PT, os empreiteiros de obras e qualquer sujeito que tenha alguma coisa a vender para o governo. Não falem, perto da presidente Dilma, em diminuir o tamanho dessa gosma; isso poderia ser entendido como uma defesa do “Estado mínimo”, e ela tem horror ao “Estado mínimo”. Fechar um ministério, então, é considerado praticamente um ato criminal. Nem que seja, caso venha a ser criado um dia, o Ministério das Perguntas Cretinas, legado imortal do Millôr Fernandes, que acaba de nos deixar.