Uma
amiga minha, que passou o Natal nos EUA, disse ter encontrado panettone
fabricado no Brasil muito mais barato do que aqui. Respondi a ela que deve ser
a carga tributária (além de ter fator de custo de logística, trabalhista
etc.). Pesquisando na Internet, descobri
que tal produto sofre uma incidência de cerca de 35% de impostos, creio que na
Terra do Tio Sam deva chegar a 10% no máximo. Começo pelo panettone, símbolo do
Natal e de Fim de Ano, término de um ciclo e de renovação para, mais uma vez,
explicar por que o Brasil patina com um “pibinho” ridículo.
O
raciocínio é cartesiano: O Brasil tem um governo federal perdulário, que morde
70% da arrecadação de impostos de todo o bolo tributário. Trabalhamos quase seis
meses pagando impostos. A má gerência de impostos, burocracia e corrupção, faz
com que não tenhamos uma educação de qualidade (ai remendos como cotas etc.),
carência de infraestrutura e por ai vai. Ano que vem teremos um “pibinho”,
segundo analistas. A Presidenta Dilma tenta reverter o rumo com isenção de IPI
em produtos industrializados, baixar a luz na marrar (mesmo que isto custe apagão
no futuro) e promete investir receitas do pré-sal em educação. Certamente o que
se investe em educação no Brasil é satisfatório, o problema é que se investe
mal. Investimos pouco e mal na educação de base, oferecemos ensino universitário
gratuito e acreditamos que é tudo uma questão de falta de recursos. Com este
pensamento vamos continuar penando e, particularmente, vejo o Brasil sendo a Grécia
de amanhã. Tomara que eu esteja errado. Feliz 2013!