quarta-feira, 19 de junho de 2013

E depois das manifestações

                         
O que me preocupa nestas manifestações vai além da ação de alguns baderneiros covardes que, no meio da massa de manifestantes, agem no anonimato destruindo tudo pela frente. Preocupa-me o depois. Assisti o movimento das Diretas Já e de lá nasceu a Constituição de 1988, que julgo ser uma das causas de tantas mazelas que vivemos hoje. Colocaram no papel todos os anseios da sociedade e acabou virando um arremedo de artigos impossíveis de serem cumpridos neste estado paternalista criado em com a Constituição de 1988. Vejam um comentário que retirei do Professor José Pastore (José Pastore é sociólogo, especialista em relações do trabalho e desenvolvimento institucional, professor (aposentado) da Faculdade de Economia e Administração e pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, ambas da Universidade de São Paulo. É membro efetivo da Academia Paulista de Letras) na Internet: Basta observar que na Constituição Federal, a palavra "direito" aparece 76 vezes enquanto que a palavra "dever" aparece apenas quatro vezes. As palavras "produtividade" e "eficiência" aparecem duas e uma vez, respectivamente. O que fazer com um país que tem 76 direitos, quatro deveres, duas produtividades e uma eficiência? Por isto espero que as mudanças que possam ocorrer com estes manifestos se inspirem no discurso dado por JFK nos EUA 1m 1961 em que ele disse ao final: “NÃO PERGUNTEM O QUE OS EUA PODEM FAZER POR VOCÊS E SIM O QUE VOCÊS PODEM FAZER PELOS EUA!” Lembre-se, não esperem nada de nenhum governante. O governo não atrapalhando já faz muito, pois CADA UM DE NÓS TEMOS QUE FAZER A NOSSA PARTE!

domingo, 16 de junho de 2013

Manifestações



Nossa incipiente democracia mostrou diversas formas de manifestações nos últimos dias. Antes de comentar a respeito que fique claro que nenhum político chega a algum cargo de pára-quedas. Chegaram por voto popular pela escolha da maioria dos votos dos eleitores. Cabe a sociedade discutir como esses políticos se elegeram, pois a prática no Brasil é conviver com uma população com baixa escolaridade assistida pelos mais diversos programas assistencialistas, o que por si só desvirtua o ato de votar e as escolhas “conscientes”. As depredações vistas em diversas cidades, sob o pretexto de não aceitar o aumento do valor dos transportes coletivos, demonstraram um atitude estúpida de uma juventude que quer mudanças e não sabe bem o que. Em muito se assemelha ao que vemos pelo mundo em diversas praças e confrontos com a polícia, com movimentos que gestaram nas redes sociais. Outra manifestação, esta saudável, foi a forte vaia que a Presidenta Dilma levou na abertura da Copa das Confederações, ali ficou exposto um desejo de mudança, transparência e fim de corrupção. O público foi ao Estádio Mane Garrincha construído com um orçamento de quase R$ 1 bi e meio para torcer pela Seleção Brasileira e ao mesmo tempo demonstrar que não concorda com estes gastos desmedidos, pois a sociedade clama por um governo que atenda as demandas da área de segurança, saúde, educação, infraestrutura e o fim da corrupção. Será que a Presidenta entendeu o recado?


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tá tudo errado.




            Em recente estudo dos pesquisadores José Soares Neto, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Karino, da Universidade de Brasília (UnB), e Dalton Francisco de Andrade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Uma Escala para Medir a Infraestrutura Escolar apontou que mais de 44% das escolas da educação básica brasileiras ainda apresentam uma infraestrutura escolar elementar, apenas com água, banheiro, energia, esgoto e cozinha. Segundo os pesquisadores há um percentual alto de escolas que não têm requisitos básicos de infraestrutura, como sala de diretoria, sala de professor e biblioteca, escancarando a necessidade de políticas públicas que visem a diminuir as discrepâncias e promover condições escolares mínimas para que a aprendizagem possa ocorrer em ambiente escolar mais favorável, diz a pesquisa. Apesar deste quadro desfavorável para a educação de base, leis criaram quatro universidades federais no Norte e no Nordeste, justamente em regiões mais precárias no quesito infraestrutura de escolas.
            Publicadas na edição do dia 06 de junho no Diário Oficial da União, leis criam duas universidades na Bahia, uma no Pará e uma no Ceará que juntas vão oferecer 145 cursos e 38,3 mil vagas para estudantes até 2018. Com as quatro instituições, o número de universidades federais no país chegará a 63. Segundo a Presidenta Dilma Roussef, as universidades que serão abertas terão papel relevante na redução das desigualdades regionais.
            Convenhamos que mais uma vez o governo se equivoca ao jogar fora os recursos públicos de educação em novas universidades. No Brasil, temos inúmeras universidades federais e diversos Institutos Federais que oferecem cursos de graduação com vagas preenchidas através de cotas para contemplar os afro-descendentes e alunos oriundos da rede pública, que tem imensas dificuldades de acompanhar o curso devido a péssima base que tiveram ao longo de seus estudos. O estado deve priorizar a educação de base com urgência, pois estamos perdendo a chance de criar uma mão de obra qualificada e de inserir jovens no mercado de trabalho. Ou a solução será cotas e bolsa família para o progresso do Brasil?