O
seu antecessor tinha uma coleção de frases prontas, sempre fazendo analogias
com o futebol. De tantas declarações feitas a que ficou mais marcante (ao menos
para mim) foi a de que não lia livros e o que aprendera foi na vida. Algo que não
precisava ser dito, justamente em um país que peca no quesito investimento em
educação de base. Desta forma, o Presidente Lula incentivava a população a se
manter na ignorância, pois muitos acreditam que podem ter uma ascensão política
ou na vida pessoal sem estudo, acumulando conhecimento apenas nas relações e
vivências diárias.
Mas
talvez, manter o povo ignorante, longe dos bancos escolares, de leituras de
livros e jornais seja um caminho para ganhar o poder. Antigamente, os políticos
se elegiam de forma espúria, contando com o pouco conhecimento do eleitor e com
promessas vazias. Durante a campanha davam um sapato de um dos pés, ou metade
de uma nota de dinheiro e prometiam a outra parte caso fossem eleitos. Parece
que esta prática ainda vale como se viu na campanha a prefeito de São Paulo
onde a Presidenta Dilma Rousseff apareceu no horário eleitoral do PT para
avisar que há nos cofres públicos do governo federal muita verba destinada a São
Paulo – e que, se o candidato do PT à prefeitura ganhar, tais recursos serão
entregues ao município.
Manter
o povo sem educação dá margem a este tipo de discurso e elegem políticos
populistas, como o Haddad que, quando Ministro da Educação, publicou, com o
dinheiro dos cofres públicos, uma gramática que ensinava o português errado,
sob o argumento de que é aceitável no dia-a-dia escorregões lingüísticos e
gramaticais e que ninguém precisava se envergonhar disso.