quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Diagnóstico


Já cansei de escrever sobre as mazelas que assolam nosso Brasil – “...gigante pela própria natureza...” e aqui tentarei mostrar para o leitor as causas de tanto desmandos, corrupção e falta de planejamento que atrasam nosso País – “...deitado eternamente em berço esplêndido...”. Nos deslizamentos do Rio de Janeiro, nos alagamentos em São Paulo, nos gargalos de infraestrutura que encarecem o “custo Brasil”, na falta de educação de qualidade ou nas filas em postos de saúde a causa é uma só: Estado inchado e cargos loteados para políticos despreparados tecnicamente (o mínimo para se dizer) para gerir o setor público.

Na posse dos Congressistas já vislumbramos o retrato da nossa classe política: tomaram posse figuras da área de esporte ou circense que, sem trabalho ou endividados, encontraram na sua popularidade uma forma de conseguir através do cargo político uma forma de garantir um rendimento certo e polpudo no fim do mês.

A Presidenta Dilma tem que quebrar a cabeça para preencher os cargos das mais diversas pastas ministeriais, agências de regulação e estatais tentando compatibilizar o aspecto de conhecimento técnico com a forte pressão dos partidos aliados – leia-se PMDB – loteando cargos com gente despreparada, algo nefasto para um planejamento eficaz da máquina estatal.

Recentemente, o governo sinalizou que cessará com concursos públicos previstos e com futuras nomeações de concursados. Com o estado inchado, pressionando os gastos públicos, fica difícil diminuir os juros, construir uma proposta de reforma tributária que incentive a produção de riquezas. Sobre a máquina inchada o correto seria fazer um diagnóstico para deslocar servidores de setores onde sobra pessoal para outros onde falta, com o devido treinamento. Mas creio que isto não passa de utopia e lá na frente, perto das eleições, o governo fará sangrar os cofres inchando mais ainda a ineficiente máquina estatal.