quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Panettone e o “pibinho”.







            Uma amiga minha, que passou o Natal nos EUA, disse ter encontrado panettone fabricado no Brasil muito mais barato do que aqui. Respondi a ela que deve ser a carga tributária (além de ter fator de custo de logística, trabalhista etc.).  Pesquisando na Internet, descobri que tal produto sofre uma incidência de cerca de 35% de impostos, creio que na Terra do Tio Sam deva chegar a 10% no máximo. Começo pelo panettone, símbolo do Natal e de Fim de Ano, término de um ciclo e de renovação para, mais uma vez, explicar por que o Brasil patina com um “pibinho” ridículo.
            O raciocínio é cartesiano: O Brasil tem um governo federal perdulário, que morde 70% da arrecadação de impostos de todo o bolo tributário. Trabalhamos quase seis meses pagando impostos. A má gerência de impostos, burocracia e corrupção, faz com que não tenhamos uma educação de qualidade (ai remendos como cotas etc.), carência de infraestrutura e por ai vai. Ano que vem teremos um “pibinho”, segundo analistas. A Presidenta Dilma tenta reverter o rumo com isenção de IPI em produtos industrializados, baixar a luz na marrar (mesmo que isto custe apagão no futuro) e promete investir receitas do pré-sal em educação. Certamente o que se investe em educação no Brasil é satisfatório, o problema é que se investe mal. Investimos pouco e mal na educação de base, oferecemos ensino universitário gratuito e acreditamos que é tudo uma questão de falta de recursos. Com este pensamento vamos continuar penando e, particularmente, vejo o Brasil sendo a Grécia de amanhã. Tomara que eu esteja errado. Feliz 2013!