Ao
final de 2011, durante a cerimônia dos melhores do Brasileirão, em São Paulo, chamado ao
palco pelo apresentador Luciano Huck para entregar um dos troféus, o Presidente
da Câmara dos Deputados surpreendeu ao dar uma “cutucada” no conterrâneo
Leandro
Vuaden, eleito árbitro número 1 do Brasil naquela competição,
ao abrir o envelope com o nome do juiz eleito e protestar contra pênalti
marcado em um
Gre-Nal. Leandro
Vuaden não gostou da brincadeira. Tirou satisfações do presidente
da Câmara.
Durante
o julgamento do Mensalão, Marcos Maia mostrou toda a sua “solidariedade” aos colegas
envolvidos, considerando que a decisão do STF de cassar deputados condenados no
julgamento é “ingerência” da corte sobre as atividades parlamentares. Os juízes
do STF decidiram pela perda dos direitos políticos dos deputados condenados.
Agora,
com o Brasil chorando a morte de jovens universitários em Santa Maria, no
trágico incêndio da Boates Kiss, o Presidente da Câmara anuncia a criação de um
grupo de trabalho que deverá elaborar legislação federal sobre concessão de
alvarás e prevenção de incêndio, unificando regras, que atualmente são de
competência de estados e municípios.
Nos
três episódios o Deputado Marcos Maia mostrou soberba e onipotência. Falta de
educação no primeiro caso. Corporativismo no segundo. Oportunismo no terceiro.
Leis de prevenção contra incêndio não faltam no Brasil e de nada adianta passar
para a competência do governo federal se não houver fiscalização adequada e
aplicação das normas. Sabe-se que em Santa Maria as regras eram severas e ocorreu
alguma falha que a polícia e a perícia estão investigando. Oportunismo em cima
da dor é algo leviano Marcos Maia. Como gaúcho fico envergonhado cada vez que
este conterrâneo aparece em frente as câmeras de televisão e microfones de
rádio.