Contudo,
o Brasil requer dar mais um passo e este escriba já está cansado de falar em
todos os espaços. Mas vamos repetir: investir em educação, infraestrutura,
implementar um sistema federalista que possibilite que as receitas não se concentrem
em Brasília (70% da arrecadação tributária vai para lá), enxugar o estado
(durante o governo petista foram criados inúmeros ministérios – o mais recente
é o Ministério da Micro e Pequena Empresa),
dar autonomia às agências reguladoras, reformular o sistema tributário e
as leis trabalhistas, acabar com a corrupção e a burocracia . Enfim, uma série
de medidas que possibilitem que o “Custo Brasil” não emperre o crescimento
sustentável. A China, que “sustenta” a nossa economia importando minério de ferro
e grãos, acaba de mudar seu governo com um novo planejamento que fará com que
nosso parque industrial perca mais importância no cenário mundial, pois será
impensável competir com economia que investe bilhões de dólares em ensino
pesquisa, com uma mão-de-obra qualificada e um custo de produção bem menor ao
passo que por aqui temos que trabalhar seis meses para pagar impostos e arcar
com o tal “Custo Brasil” citado acima. Resultado logo adiante: recessão,
inflação e dificuldade de manter o superávit primário.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O voo da galinha
Porto inseguro
As
agências reguladoras foram criadas para agir de forma independente, apolítica e
sobretudo técnica, regulando os mais variados serviços concedidos pelo estado,
principalmente após a privatização de diversos setores controlados pelo governo
até o período do presidido por FHC. Contudo, o governo petista tirou o caráter
“independente” das agências, loteando cargos políticos deixando o lado
gerencial, profissional de alta capacidade técnica em segundo plano (ou em
plano nenhum) e o que se vê é o uso de tais agências para servir a interesses
particulares, por meio de compra de pareceres. A “Operação Porto Seguro”
demonstrou bem tal realidade e por mais célere que tenha sido publicado no
Diário Oficial as demissões dos envolvidos no esquema, dificilmente a
Presidenta Dilma conseguirá debelar novos casos de corrupção se não devolver às
agências o caráter original: autonomia, sem intervenção política.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Férias Frustradas
Estou com
férias marcadas para janeiro de 2012 e parece que não conseguirei converter
meus pontos do ITAUCARD para o programa MULTIPLUS da TAM. Até o ano passado
lembro que conseguia baixar o mínimo de 3.000 pontos para o referido programa
e, para minha surpresa, a exigência agora é de 20.000 pontos. No meu cartão
tenho 16.000 pontos e a minha mulher cerca de 15.000 pontos e não vamos
conseguir viajar. Pior é que os tais 20.000 beneficiem aqueles que gastam
fortunas no cartão, pois dificilmente alguém conseguirá juntar tal pontuação
sem que alguns pontos caduquem pelo caminho. É muito bonito o Luciano Huck se
apresentar nos reclames na TV mostrando que só o “Itaú tem um Itaú de
Vantagens” e na hora que mais preciso eu fico na mão. Só me resta cancelar os
cartões e contar minha história nas mais diversas redes sociais.
sábado, 10 de novembro de 2012
Ministério da Micro e Pequena Empresa!?
As empresas brasileiras gastam
cerca de 2600 horas anuais (108 dias) para ficarem em dia com Fisco, calculando
qual é parte que o governo morde de seu negócio. Levamos tanto tempo pagar algo
por volta de 60 tributos (ICMS, CSLL, ISS, etc.) e para entender o emaranhado
de regras e exigências que são editadas por técnicos de plantão (30 normas por
dia). Convivemos com uma burocracia excessiva - levamos 120 dias e 13 idas e
vindas a cartórios e órgãos do governo para a simples abertura de uma empresa,
enquanto em países ricos é feita em no máximo 12 dias. Ainda temos como grande
obstáculo ao empreendedorismo a defasada CLT, falta de educação que acarreta em
uma mão de obra despreparada e improdutiva, insegurança e tudo mais que faz do
Brasil um péssimo ambiente para negócios e desenvolvimento.
Sabemos
que para o Estado resolver isso tem que passar por reformas estruturais que o
tornem mais enxuto e eficiente e que, por conseguinte, seja possível ser menos
burocrático e conviva com um sistema tributário que não puna as empresas (na
realidade o cidadão é que paga no consumo). Contudo, como o partido do governo segue a prática
de criar ministérios para os “companheiros” que perdem eleições (Ministério das
Cidades, Ministério da Pesca etc.), foi criado o Ministério da Micro e Pequena
Empresa, que nasce com 68 cargos em comissão, alem do ministro-chefe e do
secretário executivo da pasta, a um custo anual de R$ 7,9 milhões por ano. Certamente
esta nova pasta não ajudará em nada tornar o “ambiente de negócios” mais
atrativo, mas vai deixar feliz muitos “amigos do Rei”!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Viés socialista
Por
mais que o Governador Tarso Genro queira aparecer como um cidadão intelectual,
avançado em seu tempo, está no seu DNA o viés socialista que nasceu desde a
fundação do Partido dos Trabalhadores (mesmo que hoje o PT tenha perdido o seu
rumo original). Exemplos não faltam, passamos pela idéia do Estado retomar
estradas concedidas a iniciativa privada, com a criação da EGR – Empresa Gaúcha
de Rodovias, mesmo que o DAER tenha as mesmas prerrogativas – e implique em
briga judicial com a Univias, podendo acarretar bilhões de reais em prejuízo ao
Tesouro do Estado. Esta volta ao passado demonstra que os governantes esquecem
de como as estradas eram ruins e o que representa para quem transita ter condições
satisfatórias para se trafegar. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul
deveria fortalecer a AGERGS para que a mesma fiscalizasse as concessionárias e
impusesse multas em caso de descumprimento de contrato.
Mais
recentemente, tivemos uma comitiva de políticos, secretários, empresários,
juntamente com o Governador Tarso Genro, visitando Cuba, na tentativa de
alavancar negócios e parcerias. As dificuldades são imensas, pois o governo
Cubano não dispõe de tecnologia para nos passar, tampouco de recursos
financeiros para adquirir novos produtos. A única nota que li a respeito de um
possível negócio vantajoso foi a tentativa de a indústria moveleira equipar as
redes de hotéis na paradisíaca Varadero. No mais, todo investimento cubano
necessitará de empréstimos que virão de instituições financeiras brasileiras
(gaúchas). O que Cuba tem a ensinar não serve para a realidade que vivemos, a não
ser ao sonho socialista do Governador Tarso.
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