quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Brasil virou Grécia

Vi nos noticiários as tímidas propostas do governo para diminuir o endividamento público e criar um superávit primário. A realidade é que o sacrifício do governo é mínimo e cabe a sociedade pagar a conta por meio de mais impostos. Ninguém fala em diminuir a máquina pública, reconstruir o Estado, fazer uma reforma tributária ou remodelar nosso sistema federalista. Na época do FHC a tentativa clara (talvez não declarada por ser impopular) era diminuir o peso de estado, achatando o salário dos servidores públicos e promovendo o PDV (Plano de Demissão Voluntária). Este fato histórico fez com que o corporativismo da classe de servidores públicos aderisse ao projeto do PT de inchar o governo e sacrificar os agentes econômicos. Tivemos um período virtuoso no tempo em que a China comprou tudo quanto é commodities do Brasil e agora pagamos o preço pela falta deste parceiro que parece ter perdido o apetite pelos nossos produtos. O Brasil tinha um caminho aos moldes do que foi feito com a Inglaterra da Margaret Thatcher, mas seguiu no rumo da Grécia. E agora?

sábado, 5 de setembro de 2015

Mudanças







Uma vez eu publiquei um diploma de otário para quem votou no PT e recebi uma crítica de um amigo meu de infância que me deixou sem graça. Mas vamos lá: não é que quem votou no PT seja otário, pois entendo que nestes 12 anos a população colheu frutos de uma política de distribuição de renda, mesmo que tenha sido de forma equivocada. Como um estado paternalista, nunca se distribuiu tantas benesses (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Minha Casa Melhor). Neste período, a economia cresceu, realizamos grandes eventos como a Copa do Mundo e teremos os Jogos Olímpicos ano que vem. Para quem usufruiu disso tudo e hoje vive atordoado com seu salário corroído pela inflação ou a perda de emprego deve ser difícil tentar entender o que possa ter ocorrido com o governo tão perfeito, que sem deixar um furo trazia um futuro esplêndido e duradouro! Este pobre escriba apanhou nas redes sociais e em debates na rua, pois sempre enxerguei o fenômeno como o "voo da galinha", sem os fundamentos econômicos para manter a economia decolando seria impossível que o governo mantivesse este quadro descrito acima. Tudo que vivemos foi graças a China que comprava todas as commodities por nós produzidas e nos lambuzamos como nunca e agora temos que limpar a bagunça de fim de festa e contar os mortos e feridos. Precisamos de reformas urgentes no âmbito político, tributário e revermos o pacto federativo. Caso contrário, sucumbiremos com a falta de educação, infraestrutura e o descalabro deste estado inchado e corrupto que vivemos. Assim como milhares de pessoas estão procurando novos rumos fugindo de lugares violentos, inóspitos e sem perspectivas, logo veremos jovens procurando um futuro melhor fora do país.