Acabei
de ver na televisão a abertura dos Jogos Olímpicos 2012 em Londres e fiquei
bastante impressionado e emocionado com tudo que assisti. O ponto marcante que
os britânicos passaram foi sobre o seu legado cultural que influenciou toda a
cultura do mundo sob o ponto de vista econômico, literário e musical e, desta
forma, começando com Willian Sheakspeare, passando pela Rainha Elisabeth e
terminando com o Sir Paul McCartney, o evento mostrou como é rica a história britânica.
Após
a cerimônia, fiquei pensando a respeito dos grande eventos que o Brasil irá
sediar, como a Copa do Mundo e os próximos Jogos Olímpicos e me dei conta que a
distância que nos separa não é apenas no tempo ou esplendor de uma sociedade e
cultura plenamente estabelecida. Aqui, Brasil é construído com “remendos” e
“puxadinhos” por todos os lados. Estufamos o peito com nossas poucas vitórias
em diversas áreas (esportivas ou não) e esquecemos que, paralelamente,
convivemos com favelas, esgoto a céu aberto, grande número de analfabetos,
estradas deploráveis, corrupção endêmica, educação precária e saúde em
frangalhos, por exemplo. Nos orgulhamos dos nossos feitos no campo do esporte
ou da música, mas temos que conviver com a falta de ação de nossos governantes
que não enfrentam de frente as causas de nossos problemas. Este país do
“puxadinho e da gambiarra” irá sediar os próximos Jogos Olímpicos e pelo menos
espero que lembrem que o Brasil não é só Rio de Janeiro, para que a festa não
pareça um desfile de escola de samba com mulatas seminuas dentro do Maracanã.