sexta-feira, 27 de julho de 2012

Jogos Olímpicos





            Acabei de ver na televisão a abertura dos Jogos Olímpicos 2012 em Londres e fiquei bastante impressionado e emocionado com tudo que assisti. O ponto marcante que os britânicos passaram foi sobre o seu legado cultural que influenciou toda a cultura do mundo sob o ponto de vista econômico, literário e musical e, desta forma, começando com Willian Sheakspeare, passando pela Rainha Elisabeth e terminando com o Sir Paul McCartney, o evento mostrou como é rica  a história britânica.
            Após a cerimônia, fiquei pensando a respeito dos grande eventos que o Brasil irá sediar, como a Copa do Mundo e os próximos Jogos Olímpicos e me dei conta que a distância que nos separa não é apenas no tempo ou esplendor de uma sociedade e cultura plenamente estabelecida. Aqui, Brasil é construído com “remendos” e “puxadinhos” por todos os lados. Estufamos o peito com nossas poucas vitórias em diversas áreas (esportivas ou não) e esquecemos que, paralelamente, convivemos com favelas, esgoto a céu aberto, grande número de analfabetos, estradas deploráveis, corrupção endêmica, educação precária e saúde em frangalhos, por exemplo. Nos orgulhamos dos nossos feitos no campo do esporte ou da música, mas temos que conviver com a falta de ação de nossos governantes que não enfrentam de frente as causas de nossos problemas. Este país do “puxadinho e da gambiarra” irá sediar os próximos Jogos Olímpicos e pelo menos espero que lembrem que o Brasil não é só Rio de Janeiro, para que a festa não pareça um desfile de escola de samba com mulatas seminuas dentro do Maracanã.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Discurso vazio.




            A Presidenta Dilma, a “mãe do PAC”, foi eleita com o apoio do ex-Presidente Lula, com o perfil de uma técnica que sabia tocar obras e gerenciar o Estado. A verdade é que a maioria das obras do PAC nem saíram do papel e suas explanações sobre o tema não passam de apresentações em Power Point ou quadros com alfinetes coloridos mostrando projetos inacabados (ou que nem saíram do papel ali ou aqui). No início de seu governo, a Presidenta Dilma mostrou estar disposta a varrer qualquer foco de corrupção do mapa. Contudo, a máquina do governo parece estar engolindo seu governo em um mar de escândalos e greves, somados ao pífio desempenho da economia.
            As recentes medidas para alavancar a economia, com cortes de impostos e baixa de juros, não surtirá o efeito desejado. O Brasil necessita de reformas estruturais, investimento em infraestrutura, educação e reforma tributária sobretudo. Desta forma, a Presidenta Dilma está perdendo o rumo de seu governo e o maior exemplo disso foi em recente discurso, proferido durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada em Brasília em que ela disse que "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes, não é o PIB". Ela disse que o Brasil está no caminho certo para se transformar em “uma grande nação” onde a educação de qualidade seja um direito universal. Para a Presidenta, "nenhum país desenvolvido" tem colégios funcionando somente em um período. Assim como suas “técnicas apresentações” das obras do PAC, seus discursos parecem ser patéticos. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil investe US$ 18.261 (R$ 37 mil) por aluno, número inferior em relação a outros países latino-americanos, como a Colômbia (US$ 19.067, R$ 38,7 mil) e o México (US$ 21.175, R$ 42,9 mil) e muito abaixo da maioria dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Greve nas universidades.





            Assistindo ao noticiário sobre as greves nas universidades federais me chamou a atenção o grande número de instituições de ensino bancado com recursos públicos (sem esquecer as outras tantas universidades estaduais existentes). Segundo pesquisa que fiz, temos cerca de 63 universidades públicas federais e somados aos 38 Institutos Federais de Educação que oferecem cursos de graduação chegamos a mais de 100 instituições de ensino superior. Grevistas reivindicam aumento de seus vencimentos e melhores condições de infraestrutura e estudantes clamam pela exigência de ensino superior com qualidade, universal e gratuito. Convenhamos que é uma conta difícil de ser equacionada e só pode causar distorções.
            Fazendo um estudo da educação no Brasil no âmbito do Poder Público veremos que mais da metade dos recursos do Ministério da Educação é aplicado no ensino superior, o que contraria a Constituição Federal, que dá prioridade ao combate ao analfabetismo e ao ensino fundamental. Países como Argentina, Chile e México investem mais do que o dobro investido no Brasil no Ensino Médio. Ou seja, independentemente do país, nesse campo inexiste mágica: não há como melhorar a qualidade do ensino sem que haja investimento adequado. Para tentar dar acesso as universidades públicas federais a grande massa que vem do falido ensino de base o governo criou as cotas raciais e assim o MEC tenta “corrigir” uma situação criando uma aberração (se é para ter cota que seja pela questão financeira).
            Com toda esta estrutura montada não tem como ser corrigido o rumo facilmente. Não podemos pensar em fechar universidades públicas federais e fornecer bolsas de ensino para alunos sem recursos nas universidades federais. Contudo, uma medida que poderia ser tomada seria cobrar de alunos cujas famílias podem arcar com mensalidades e tais recursos poderiam ser investidos no ensino de base, por exemplo. Para se ter uma idéia, nos EUA as universidades públicas federais cobram mensalidade, com preços menores do que as privadas. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cansei da Presidenta.





            Quando a “mãe do PAC” foi eleita torci o nariz, afinal ela foi eleita pelas obras do PAC (a maioria nem saiu do papel) e com o aval do desastroso Presidente Lula. Logo no início, a Presidenta começou a fazer uma “vassourada” em diversos ministérios cada vez que tinha focos de corrupção em seu governo e acabei nutrindo uma certa simpatia por ela. Contudo, os últimos fatos acabaram fazendo eu cansar dela e de sua onipotência. Do discurso da Rio+20 prometendo comprometimento do Brasil pelo crescimento sustentável, enquanto tenta incentivar a venda de carros com isenção de IPI (sem falar que o petróleo do pré-sal representa a queima de combustível fóssil) ao recente episódio envolvendo ao Paraguai.
            Convenhamos que a prática de não se envolver na vida política de outros países tem diversas faces. O ex-presidente queria aproximação com o Irã e a atual Presidenta prega práticas democráticas dos participantes do Mercosul, ao mesmo tempo que aceita a “democrática” Venezuela no falido bloco econômico. Não vejo uma providência para que o Brasil venha a obter êxito no campo econômico, com projetos de reforma tributária, investimento em infraestrutura etc. As medidas tomadas não passam de paliativos e sua política externa se aproxima perigosamente de “ditadores” democratas. No Paraguai, o tal “golpe político” foi feito dentro das normas constitucionais daquele país com o apoio dos brasileiros que sofriam ameaças de morte por parte do MST, que aqui tem apoio do PT, partido da Presidenta. Cansei da Presidenta.