segunda-feira, 7 de maio de 2012

Decepção



            Se é um político que eu prestava atenção no seu discurso e respeitava pelo seu caráter era o Governador Sérgio Cabral. Contudo, as imagens reveladas no blog do Garotinho de Cabral e Cavendish, que mostravam eles dançando com guardanapos na cabeça chocaram o país. Não bastasse tudo isso, paira no ar a dúvida de quem pagou as contas destas viagens e dos restaurantes freqüentados em Mônaco e Paris. Cabral já se fendeu dizendo que pagou por suas despesas pessoais. Vamos acreditar na palavra de Cabral quanto ao pagamento de suas despesas, mas que ele explique o crescimento do faturamento da Delta em obras do governo como demonstra os números abaixo:
CONTRATOS DA DELTA COM O GOVERNO DO RIO 
___________________
2001 - R$ 47 milhões
2002 - R$ 61,8 milhões
2003 - R$ 15,1 milhões
2004 - R$ 76,1 milhões
2005 - R$ 142,8 milhões
2006 - R$ 163,9 milhões
2007 - R$ 67,2 milhões
2008 - R$ 126,8 milhões
2009 - R$ 243,4 milhões
2010 - R$ 554,8 milhões
2011 - R$ 358,5 milhões
2012 - 138,4 milhões*
* Valor empenhado até 11 de abril
            O pior que CPMI não tem a previsão de nenhum governador citado comparecer para depor. Está com cheiro de pizza.
            Enquanto o Brasil vive uma pororoca de corrupção, vejo uma matéria no Jornal Nacional que dá inveja a qualquer País e bem poderia ser aplicado aqui: em avião oficial do governo só viaja de graça o governante, parente pode embarcar desde que pague um valor equivalente à passagem na primeira classe de um voo de carreira. Segundo a matéria, nos chamados países nórdicos (Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca) funciona assim também. Para completar, não é só o primeiro-ministro que está sujeito a essas regras. Nos países nórdicos e na Alemanha, nenhum filho, marido ou mulher de parlamentar tem direito a passagem aérea ou de trem paga pelos cofres públicos. Pegar carona em avião de empresários, então, nem pensar. A pena pode chegar a uma suspensão ou até a perda do mandato.

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