terça-feira, 10 de maio de 2011

Megalomania destrutiva.


“Nunca antes na história deste País” tivemos um Presidente com complexo de megalomania. Leio que as obras dos estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 já subiram em 15% (certamente subirá mais). Enquanto fatura R$ 200.000,00 por palestra, sua sucessora tem que lidar com a inflação que atormenta a nossa economia, cortar gastos criados pelo governo anterior, sem que os eventos faraônicos – Copa do Mundo e Olimpíada – sejam comprometidos. Trata-se de uma tarefa hercúlea, pois temos um orçamento apertado por demandas sociais (saúde, educação, segurança, saneamento, energia etc.), máquina pública inchada, ainda mais que o governo do Presidente Lula criou dois milhões de empregos públicos, e uma série de reformas políticas e estruturais de difícil realização para quem tem que tratar com uma classe política necrosada e corporativa.

Enquanto a população morre na fila dos hospitais por falta de um atendimento qualificado em postos de saúde e tem seu estado piorado com a ausência de saneamento básico, enquanto aviões ficam parados no solo, passageiros dormem no saguão por falta de equipamentos para pouso em dias neblina ou estrutura para suportar a demanda, enquanto a população se espreme em ônibus feitos sardinhas em lata, enquanto carros entopem nossas ruas por falta de um transporte público adequado e investimento viário, enquanto recebemos uma educação de baixa qualidade convivemos com um Brasil que gasta muito e gasta mal, que tem que arcar com sonhos de um megalômano que surfou nas ondas de uma economia que sobreviveu graças à venda de commodities para a China no seu período de governo. A Presidente Dilma tenta se deslocar de sua imagem, mudando a visão do Brasil frente a questões políticas internacionais, mas terá que pagar uma conta enorme ou ver o Brasil pagar o mico do século com o iminente fracasso nestes dois eventos.

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