segunda-feira, 13 de maio de 2013

Paliativos protelativos.






            A última idéia que nasceu de Brasília soma-se a outras tantas que demonstram a falta de competência de um Estado que arrecada como nunca e não consegue gerir seus recursos: importar 6.000 médicos cubanos para interiorizar a medicina no País! Este arremedo de federalismo, em que 70% da arrecadação tributária vai para Brasília é perverso. Recentemente batemos recorde de arrecadação, chegando na marca de R$ 600 bi com muito mais antecedência do que o ano passado e mesmo assim não conseguimos dar conta de distribuir esta riqueza em forma de saúde e educação digna, por exemplo.
            Qualquer visita a um posto de saúde no interior vai nos mostrar (com raras exceções) que os médicos trabalham sem condições de trabalho. Sem medicamentos, material de sutura, dificuldade de encaminhar paciente para exames ou baixar em algum leito de hospital, os profissionais de saúde têm que fazer mágica para fazer um bom atendimento. O que assistimos é o prefeito comprando uma ambulância e encaminhando os pacientes para a capital, tornando as emergências um verdadeiro caos. Será que os médicos cubanos serão capazes de atender de melhor forma? Talvez consigam, pois a medicina cubana se mostra atrasada quando se fala em equipamentos e infraestrutura, Mas a solução não é importar médicos e sim dar salário digno e estrutura de atendimento. O mesmo arremedo de solução paliativa nós encontramos na educação: com a falta de investimento em educação de base, oferecemos cotas em universidades, mesmo que estes alunos não consigam completar o curso por dificuldade de acompanhar as matérias, devido à falta de um mínimo conhecimento. 
            Recursos nós sabemos que o governo tem. Mas a corrupção, a fábrica de verdadeiros marajás com salários elevados para funções pouco qualificadas e obras superfaturadas fazem com o dinheiro não chegue onde deve. 

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