A rotação do mundo mudou
Estamos todos vivendo um sufoco diariamente. Ao sair no trânsito e ao
chegar a nossas casas após um dia estafante de trabalho, temos que
disputar espaço, correr atrás de resultados e ainda cuidar de filhos e
tratar de nossas necessidades básicas e alimentares. Tudo isto com muita
pressa. Noto que as manifestações sociais, antropológicas, culturais e
esportivas também mudaram. Vou dar alguns exemplos a seguir.
Antigamente, voar de avião era um glamour, com direito a comida quente e
espaço de sobra nas poltronas. Hoje, viajamos que nem lata de sardinha e
quando muito temos duas opções: tal marca de refri ou nada. Pelo lado
do esporte vou focar no futebol: na década de 70, época em que me criei
vendo meu Inter conquistar o tri-campeonato brasileiro invicto, o
futebol era mais cadenciado que o de hoje. Lembro que o Gerson na copa
de 70 no México matava a bola no peito, abanava para a torcida e depois
dava seus precisos lançamentos. Hoje, o jogador de futebol virou
maratonista, não tem espaço para raciocinar. A mesma velocidade se vê no
cinema ou na propaganda. Os filmes de antigamente, se vistos hoje,
fariam qualquer um bocejar, os comerciais tinham um ar de romantismo que
não se concebe hoje. Nunca vou esquecer do Baixinho da Kayser, do
Carlos Moreno, garoto propaganda da Bombril e de antigos comerciais de
carros. Hoje, não consigo diferenciar reclames de companhia de telefone
uma da outra, pois é só velocidade de conexão, preço etc. Comercial de
veículo literalmente virou um catálogo de classificado com imagem e som,
aparecendo o produto com suas características e preço, além do que está difícil diferenciar uma marca da outra.
Abaixo vejam o ontem e hoje da propaganda:
http://www.bossanovafilms.com.br/portifolio/o-primeiro-sutia
http://www.youtube.com/watch?v=CfvLiA9_lEk
http://www.youtube.com/watch?v=svoXsHnz46o
http://www.youtube.com/watch?v=idSIVKOfgqA
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