quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Governo destroçado.



A crise dentro do governo Dilma Rousseff tem mais um capítulo. Depois do Ministro Palocci, dos escândalos do Ministério dos Transportes, da queda do Jobim, foi a vez do Ministério do Turismo entrar na lista interminável de escândalos. Na manhã desta terça-feira, 9/08/2011, a Polícia Federal deflagrou a operação voucher, que resultou na prisão de 38 pessoas do ministério. Entre os presos estão o secretário-geral da Pasta, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins, e o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, ligado a Marta Suplicy. Os envolvidos serão indiciados por formação de quadrilha, peculato e fraudes em licitação. Foram cumpridos 19 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão. Além da Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal realizaram a operação. O escândalo envolvendo o Ministério do Turismo, controlado pelo PMDB, é mais um episódio da guerra por cargos envolvendo PT e PMDB no governo.


Esta notícia acima parece não ter fim e irá acompanhar o governo de Dilma assim como governos anteriores e os próximos que virão se o modo de compor os mais diversos escalões não mudar. Não tem sentido a distribuição de cargos para satisfazer partidos da base aliada com pessoal pouco comprometido com a causa pública e sem conhecimento técnico das pastas que ocupam. Tais cargos deveriam ser entregues para profissionais qualificados buscados no mercado, assim como fazem as empresas. Assistimos presidentes de estatais e Ministros assumindo posições sem conhecimento da área que irão ocupar, vislumbrando uma brecha para desviar recursos públicos. Para piorar a situação, o PT desmantelou as agências de regulamentação, que deveriam ser apolíticas, colocando dirigentes indicados por partidos. Enquanto está prática não mudar, teremos inúmeras operações da Polícia Federal esvaziando os prédios ministeriais e lotando as nossas cadeias – ao menos por algum tempo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário