sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Teto da dívida americana.


Sem uma solução para os próximo dias, o Congresso dos EUA debate atualmente um plano republicano e outro democrata para elevar o teto da dívida, hoje de US$ 14,29 trilhões, e reduzir simultaneamente o déficit, sem que por enquanto tenha sido alcançado um acordo. O Departamento do Tesouro dos EUA confirmou que, se não for aprovada esta elevação do teto de endividamento antes da data limite de 2 de agosto, o governo ficará sem fundos para fazer frente a todas as suas obrigações de pagamentos. Paralelamente o dólar derrete como gelo. Aqui no Brasil, assistimos os importados chegando aos supermercados, dificuldade dos exportadores para conquistar e manter seus produtos competitivos e um processo de desindustrialização iminente.

Não bastasse o cenário externo, vivemos com o Custo Brasil emperrando a nossa economia. Temos um sistema tributário anacrônico, segundo o economista Isaías Coelho, professor sênior do Núcleo de Estudos Fiscais da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), “essa indesejável cumulatividade é incomum nos sistemas tributários mundo afora”. O outro fator é a contribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamento que onera a produção voltada também para exportação e não incide sobre as importações. Convivemos com um estado inchado, onde mais de 500 mil trabalhadores se envolvem com a máquina pública diariamente, carregamos o peso da ineficiência logística na área de portos, estradas e ferrovias, sem falar na carência de mão-de-obra qualificada devido a falta de educação qualificada.

Com este quadro que se apresenta, o governo será obrigado a fazer as reformas estruturais que o País tanto necessita, ou seremos a Grécia de amanhã bem antes dos Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, eventos que sangram as combalidas finanças públicas. Apertar o cinto é algo urgente. Mas convenhamos que esta prática não passa pela cabeça de nossos governantes e políticos. Portanto, esperemos por dias nebulosos logo adiante.

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