terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Campeão em desigualdades.

A sexta maior economia do mundo (posto alcançado com a crise européia e a sede por commodities por parte da China) apresenta números vexatórios, fruto da má gestão pública e corrupção – para dizer o mínimo. O Brasil é, depois da África do Sul, o segundo país do G20 com maior desigualdade social, revela um estudo realizado nos países que compõem o grupo – estudo Conduzido pela Oxfam, organização vocacionada para a luta contra a pobreza e a injustiça social, presente em 92 países. Como base de comparação, a pesquisa também examina a participação no rendimento nacional dos 10 por cento mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo a seguir. As nações com maior igualdade social, segundo o estudo, são economias desenvolvidas com maior rendimento, como a França, país com melhor resultado geral, Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.
    Outra pesquisa feita pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) aponta o Brasil como entre os 30 países com as maiores cargas tributárias, o Brasil é o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em bem-estar para seus cidadãos. Com carga tributária de 34,41% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, o país fica atrás dos vizinhos Argentina e Uruguai quando se analisa o retorno dos tributos em qualidade de vida para a sociedade. Nesse comparativo, os Estados Unidos, seguidos pelo Japão e pela Irlanda, são os países que mais bem aplicam os tributos em melhoria de vida de suas populações. A conclusão do estudo do IBPT (entidade que se dedica estudos tributários de natureza institucional, setorial e empresarial) que compara a carga fiscal em relação ao PIB e verifica se o que está sendo arrecadado pelos países volta aos contribuintes -ou seja, a quem paga os tributos- em serviços de qualidade que gerem bem-estar à população. No estudo, o IBPT usa dois parâmetros: a carga fiscal em relação ao PIB (soma das riquezas de um país) e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O resultado do estudo mostra que o Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade) do Brasil é de 144, enquanto o dos EUA é de 168,2. O Irbes é o resultado da soma da carga fiscal, ponderada percentualmente (15%) pela importância desse parâmetro, com o IDH, ponderado da mesma forma (85%). O IBPT usou esses percentuais por entender que um IDH elevado, independentemente da carga fiscal do país, é mais representativo e significativo do que uma carga elevada, independentemente do IDH. Por isso atribuiu peso maior ao último.

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