quarta-feira, 4 de abril de 2012

Financiamento público de campanha.


               O deputado Henrique Fontana apresentou uma nova alteração em seu parecer propondo a realização de um referendo em 2013 para que a população decida se aceita o financiamento público de campanha e escolha o sistema de eleição de senadores, deputados e vereadores. A mudança busca entendimento com os defensores de uma proposta em tramitação na Casa (PDC 497/11) que determina a realização de um plebiscito para a escolha do sistema eleitoral e o tipo de financiamento utilizado nas eleições – se público, privado ou misto. O projeto, assinado pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), sugere que o plebiscito seja realizado juntamente com as eleições municipais deste ano. No caso do referendo, proposto por Fontana, a população é consultada após a aprovação de uma lei. O plebiscito, sugerido no texto de Miro Teixeira, estabelece uma consulta prévia à aprovação de lei pelo Congresso.
             Independente de como se dará a votação e qual será a decisão do referendo, acredito que o financiamento público de campanha é inócuo, pois o político fará uso do dinheiro público e do caixa dois se desejar. Desta forma, o tal financiamento público virá de dois lados: o oficial e o não declarado. O financiamento como se dá hoje, com recibo de doação e declarado não é a causa maior de corrupção, bastaria punir severamente quem vende seu mandato em prol de terceiros, como banqueiros de bicho por exemplo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário