O
Brasil investe muito e mal em educação. Esquece por completo a educação de
base, tenta remediar com uma série de cotas para preenchimento de vagas no
nível superior e torra uma imensa fortuna em universidades federais que dão
pouco retorno a sociedade. Recentemente, a USP, principal centro de pesquisa do
país, saiu do ranking global das 200 melhores instituições de ensino publicado
pela revista britânica Times Higher
Education, depois de ocupar o 158° lugar em 2012. A USP caiu no ranking
pela ausência de um projeto internacional e o baixo nível de citações em
publicações científicas. O professor de economia nos EUA Alexandre Scheinkman
questiona sobre qual seria a inspiração da USP. Assim como a USP nenhuma das
universidade federais aparecem na lista entra as 400 da revista. A China tenta
imitar o modelo americano e já possui duas representantes na lista e o segredo
foi direcionar verbas de pesquisas em parceria com empresas privadas e com
financiamento público. No Brasil, as pesquisas acadêmicas se afastam das
necessidades do setor privado. É como se o trabalho para o setor privado fosse
uma traição aos valores do ensino superior. De nada adianta aumentar o número
de instituições, devemos mudar de estratégia. Do MIT nasceram mais de 25.000
empresas nas duas últimas décadas. Na Unicamp, referência de apoio ao
empreendedorismo no Brasil, foram pouco mais de 300 no mesmo período.
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