domingo, 20 de outubro de 2013

Educação.





            O Brasil investe muito e mal em educação. Esquece por completo a educação de base, tenta remediar com uma série de cotas para preenchimento de vagas no nível superior e torra uma imensa fortuna em universidades federais que dão pouco retorno a sociedade. Recentemente, a USP, principal centro de pesquisa do país, saiu do ranking global das 200 melhores instituições de ensino publicado pela revista britânica Times Higher Education, depois de ocupar o 158° lugar em 2012. A USP caiu no ranking pela ausência de um projeto internacional e o baixo nível de citações em publicações científicas. O professor de economia nos EUA Alexandre Scheinkman questiona sobre qual seria a inspiração da USP. Assim como a USP nenhuma das universidade federais aparecem na lista entra as 400 da revista. A China tenta imitar o modelo americano e já possui duas representantes na lista e o segredo foi direcionar verbas de pesquisas em parceria com empresas privadas e com financiamento público. No Brasil, as pesquisas acadêmicas se afastam das necessidades do setor privado. É como se o trabalho para o setor privado fosse uma traição aos valores do ensino superior. De nada adianta aumentar o número de instituições, devemos mudar de estratégia. Do MIT nasceram mais de 25.000 empresas nas duas últimas décadas. Na Unicamp, referência de apoio ao empreendedorismo no Brasil, foram pouco mais de 300 no mesmo período.

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