Em
meus últimos textos citei as mais diversas causas, que todo mundo está cansado
de saber, que fazem com que o Brasil não tenha um crescimento contínuo e
sustentável em sua longa história. Poderia dizer que os motivos do eterno
atraso brasileiro foram culpa da colonização portuguesa e da religião católica.
Os portugueses vieram para cá extrair nossa riqueza natural (talvez por isso até
hoje somos fortes na exportação de commodities) e trouxeram o sistema cartorial
com excessiva burocracia, que só traz mais corrupção (quanto mais obstáculos,
mais “facilitadores” aparecem no caminho prometendo resolver este ou aquele
problema em troca de uma propina). Nos EUA, outro país de tamanho continental
como o Brasil, os colonizadores foram para lá em busca de trabalho e
oportunidade – este ponto é crucial para entender a diferença de estágio entre
os dois países. Outro fator fica bem claro no livro do historiador americano
David Landres, autor do best-seller “A Riqueza e a Pobreza das Nações”. A
riqueza de uma nação está alicerçada em uma cultura econômica bem-sucedida, fruto
do trabalho produtivo, em que o mérito suplantava o status, e a riqueza se construía
‘fazendo’, e não ‘tomando’. Outro ponto que toca o autor é a respeito da
diferença fundamental entre católicos e protestantes ao analisar a forma como
eles entendem os jogos de azar. Os católicos dizem que, se você apostar, pode
perder dinheiro. Os protestantes dizem que você pode ganhar e obter riquezas
imerecidas. Ganhar, não tirar dinheiro de alguém.
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