quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PAU QUE NASCE TORTO, MORRE TORTO




            Em meus últimos textos citei as mais diversas causas, que todo mundo está cansado de saber, que fazem com que o Brasil não tenha um crescimento contínuo e sustentável em sua longa história. Poderia dizer que os motivos do eterno atraso brasileiro foram culpa da colonização portuguesa e da religião católica. Os portugueses vieram para cá extrair nossa riqueza natural (talvez por isso até hoje somos fortes na exportação de commodities) e trouxeram o sistema cartorial com excessiva burocracia, que só traz mais corrupção (quanto mais obstáculos, mais “facilitadores” aparecem no caminho prometendo resolver este ou aquele problema em troca de uma propina). Nos EUA, outro país de tamanho continental como o Brasil, os colonizadores foram para lá em busca de trabalho e oportunidade – este ponto é crucial para entender a diferença de estágio entre os dois países. Outro fator fica bem claro no livro do historiador americano David Landres, autor do best-seller “A Riqueza e a Pobreza das Nações”. A riqueza de uma nação está alicerçada em uma cultura econômica bem-sucedida, fruto do trabalho produtivo, em que o mérito suplantava o status, e a riqueza se construía ‘fazendo’, e não ‘tomando’. Outro ponto que toca o autor é a respeito da diferença fundamental entre católicos e protestantes ao analisar a forma como eles entendem os jogos de azar. Os católicos dizem que, se você apostar, pode perder dinheiro. Os protestantes dizem que você pode ganhar e obter riquezas imerecidas. Ganhar, não tirar dinheiro de alguém.  


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